Durante agenda em Teresina, ao lado do governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), o ex-governador de São Paulo, João Doria (sem partido), comentou sobre o cenário político nacional. Para Doria, é necessário “parar de dividir o país” e de fazer “constantes referências ao passado”. O empresário ainda destacou que, enquanto governador e prefeito de São Paulo, nunca se dedicou a julgar seus antecessores ou a falar mal deles.
“Eu sempre olhei para frente. Nunca fiz juízo sobre o passado. Nunca fiquei julgando os meus antecessores, nem falando mal deles, sejam governadores ou aqueles que me antecederam na prefeitura de São Paulo. Nunca fiz juízo sobre isso e, sinceramente, não perdi meu tempo com isso. [...] Então, o único conselho que eu poderia oferecer é: vamos olhar para frente, pensar no futuro do Brasil, parar de dividir o país e de fazer referências constantes ao passado, seja quem for. O excesso divide. Quando você agrega, você soma. E é disso que o Brasil precisa: um país em paz, somando esforços, olhando para o futuro e trabalhando por ele. Assim, teremos um país melhor”, declarou.
O ex-governador também afirmou que está satisfeito na vida privada, principalmente com o desenvolvimento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), e que não pretende voltar para a política partidária, embora tenha ressaltado que não “demoniza” a política.
Severo Eulálio diz que faltas não devem resultar em cassação
O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Severo Eulálio, comentou as declarações recentes de alguns deputados que reivindicam punições mais severas para parlamentares que faltam às sessões sem justificativa.
O deputado Bessah (PP) afirmou que pretende apresentar um requerimento de bancada para cobrar o cumprimento das medidas. Já Evaldo Gomes (Solidariedade) criticou diretamente o colega Georgiano Neto (PSD), argumentando que ele já deveria ter perdido o mandato caso o regimento fosse cumprido.
Severo, no entanto, adotou um tom mais conciliador e afirmou que, por ora, a medida será reforçar a necessidade da presença física dos deputados nas sessões das terças e quartas-feiras, quando a frequência é obrigatória. Sobre as ausências consecutivas, o presidente admitiu que podem acarretar consequências ao mandato do parlamentar, embora acredite que a situação não deva “chegar a tanto”.
“Nosso regimento aborda vários temas e apresenta diferentes tipos de sanções, punições e advertências. Há uma série de possibilidades previstas, mas para isso é necessário abrir um processo no Comitê de Ética, o que demandaria uma análise mais aprofundada. Não sei se chegará a esse ponto. Acredito que todos os parlamentares querem estar presentes e fazem questão de comparecer. Continuaremos cobrando a presença de todos, como já temos feito. Desde que assumimos a Assembleia, conseguimos um número expressivo de parlamentares presentes quase todos os dias, especialmente às terças e quartas-feiras”, afirmou.