Fábio Xavier sobre segundo voto para Senado: "Se bases escolherem Ciro, apoiarei"

Deputado do PT, diz que não se pode forçar lideranças a votar nos candidatos do governo.

O deputado estadual e secretário do Agronegócio, Fábio Xavier (PT), afirmou em entrevista nesta quarta-feira (09) que já tem seu primeiro voto para senador definido: será em Marcelo Castro (MDB). No entanto, o petista considera apoiar também o senador Ciro Nogueira (Progressistas), caso suas “bases” assim decidam.

 

Fábio Xavier e Ciro Nogueira. Foto: Montagem.

“Essa situação vai acontecer, certamente. Temos que entender que as lideranças têm a liberdade de tomar as posições que forem mais adequadas para os seus municípios. Eu, por exemplo, não tenho o menor problema em me relacionar com o senador Ciro Nogueira, pelo contrário, é um grande amigo. Já tenho o meu primeiro voto definido, 100%, que é o senador Marcelo Castro, e o meu segundo voto será de acordo com as minhas bases. Onde as minhas bases decidirem, o voto para o senador Ciro terá o nosso apoio”, afirmou.

O parlamentar avalia que não se pode forçar as lideranças a votarem nos candidatos ao Senado do governo, já que elas possuem seus próprios arranjos políticos. E o deputado, na condição de candidato à reeleição, não pode deixar de contar com os votos apenas pelo fato de algumas lideranças votarem no candidato da oposição.

“Por exemplo, não posso chegar para um grupo, como o do prefeito Adriano [de Amarante], que também inclui o ex-prefeito Diego, e dizer: ‘Adriano, você tem que votar no candidato A ou B’. Já me considero muito satisfeito por ter conseguido trazê-lo para junto do governador. A ponte que estamos criando é para trazer os prefeitos para votar no governador Rafael. Quanto ao senador, não posso exigir que os prefeitos tomem uma posição baseada no raciocínio do governo”, explicou.

Na política, calma é a chave para Themístocles Filho

 

Themístocles Filho - Vice-governador do Piauí - Foto: Laura Cardoso/Lupa1

Questionado sobre sua permanência na chapa majoritária em 2026, o vice-governador Themístocles Filho (MDB) afirmou que é preciso ter calma quanto às definições políticas. O ex-deputado relembrou o passado e disse que, sem perspectivas, Mão Santa era chamado de “doido” e, ainda assim, venceu as eleições para governador em 1994 nos últimos seis meses de campanha. Themístocles também reforçou seu argumento com o caso de Wellington Dias (PT) em 2002, quando, ainda jovem, o então candidato era chamado de “menino”.

“Olha, isso acontece no momento certo. Todas as discussões só vão se concretizar, no meu entender, no próximo ano. Quando algo relevante acontecer no Estado, diziam que Mão Santa era doido e se elegeu governador em seis meses. Diziam que Wellington Dias era um menino e se elegeu governador nos últimos seis meses. Então, temos que ter calma para o momento correto”, afirmou.

A fala do vice-governador pode ser entendida como um recado, já que cai como uma luva se analisada sob a ótica da oposição, que pode ter um candidato evidentemente menos competitivo do que o governador Rafael Fonteles (PT).