Na manhã desta quarta-feira (4), o suplente da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), Leôndidas Júnior (PSB), assumiu a cadeira na Câmara Municipal de Teresina. A vereadora está afastada desde o dia 3 de abril de 2025, quando foi presa durante uma operação que investigava crimes eleitorais.
A posse de Leôndidas obedece ao regimento interno da Câmara Municipal de Teresina, que determina que, nos casos em que um parlamentar é afastado ou impedido de exercer o mandato — como é o caso de Tatiana —, um suplente pode ser convocado para ocupar a vaga temporariamente.
Em entrevista concedida à TV Lupa1, na Câmara Municipal de Teresina, o vereador falou sobre as pautas prioritárias que pretende defender durante o seu mandato.
“O foco do meu mandato será a geração e distribuição de emprego e renda, o transporte coletivo e a melhoria da educação. Esses três pontos foram discutidos durante toda a campanha e serão as grandes diretrizes. Os projetos de lei vão se desdobrar a partir disso”, disse Leôndidas.
Ao ser questionado sobre a gestão do prefeito Sílvio Mendes e sobre os rombos nas contas da prefeitura, o vereador afirmou estar à disposição para discutir o caso:
“Há uma dificuldade, há um rombo fiscal que assusta a cada dia. Esse rombo aumenta e parece se tornar, até nas palavras do próprio prefeito, impagável. Então, isso é preocupante. A gente se preocupa, obviamente, com a saúde fiscal da Prefeitura de Teresina, mas também com a manutenção dos serviços públicos”, disse o vereador.
A ocupação do cargo por Leôndidas deve ser temporária, ou seja, válida enquanto a vereadora permanecer impedida de exercer suas funções legislativas.
Mesmo estando presa e afastada, a parlamentar continuará recebendo o salário integral de vereadora, visto que não perdeu o mandato e segue como titular do cargo.
Tatiana Medeiros foi presa no dia 3 de abril durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal.
A parlamentar é investigada por financiar sua campanha eleitoral com recursos oriundos de uma facção criminosa, desviar recursos públicos de uma organização não governamental, além de outros crimes eleitorais.