Na manhã desta quinta-feira, (08), às 9h, o prefeito Sílvio Mendes (UB) e seu vice, Jeová Alecar (REP), reuniram-se com 12 vereadores de Teresina, no Palácio da Cidade para apresentar detalhes fiscais sobre o colapso financeiro atualmente enfrentado pelas contas públicas da capital que apresenta um débito de cerca de R$ 3 bilhões causado pela gestão anterior.
"O município está quebrado, essa é a situação. E como fazer para recuperar? Quanto tempo vai levar? De que forma? A reunião é para isso", destacou o vereador, Pedro Alcântara.
Confira os principais débitos listados pela Prefeitura:
R$ 480 milhões em restos a pagar (contratos feitos e não pagos);
R$ 280 milhões em descontos consignados não repassados;
R$ 212 milhões em contratos terceirizados em disputa judicial;
R$ 110 milhões em dívidas da Fundação Municipal de Saúde;
R$ 570 milhões em dois empréstimos com o Banco do Brasil;
R$ 100 milhões em empréstimo com o BRB;
R$ 275 milhões de débitos com a Caixa Econômica Federal;
R$ 123 milhões em dívida com o banco CAF;
R$ 202 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento;
R$ 502 milhões de repasses não feitos ao IPMT (previdência dos servidores);
R$ 8 milhões de FGTS;
R$ 4 milhões de INSS.
Comissão Especial
O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes publicou no Diário Oficial do Município (DOM) desta terça-feira (06), um decreto queoficializa a instituição de uma Comissão Especialque irá analisar e propor medidas visando o equilíbrio fiscal e financeiro de Teresina. A medida foi tomada após Sílvio revelar uma dívida nas contas públicas de cerca de R$ 1 bilhão de reais.
De acordo com o decreto, será necessário a renegociação de contratos, dívidas judiciais e extrajudiciais. As propostas do grupo contendo, a indicação de medidas, soluções para equilíbrio econômico, financeiro e fiscal de Teresina deverão ser apresentadas até o dia 15 de maio.