O PSDB e o Podemos estão nos momentos finais de articulação para a fusão de suas estruturas partidárias, numa estratégia voltada para consolidar uma alternativa de centro no cenário político brasileiro. A nova sigla tem lançamento previsto para acontecer até o final deste mês de abril.
A liderança da nova legenda será compartilhada entre Renata Abreu, atual presidente do Podemos, e Marconi Perillo, presidente do PSDB. A proposta é somar forças políticas para enfrentar o avanço da polarização entre os principais blocos do PT e do PL, já projetando a disputa presidencial de 2026.
Desafios
Apesar do avanço nas negociações, obstáculos regionais ainda desafiam a unificação completa dos dois partidos. Em estados como Pernambuco, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, divergências locais sobre alianças e posicionamentos políticos criam dificuldades para o alinhamento estratégico da nova legenda.
No Mato Grosso do Sul, por exemplo, figuras influentes como o ex-governador Reinaldo Azambuja e o atual chefe do Executivo estadual, Eduardo Riedel, aguardam definições sobre a fusão para tomar uma decisão sobre permanecer ou não no novo partido. Ambos têm recebido convites para migrar para outras siglas, como o PL e o PSD, e observam com cautela os desdobramentos nacionais.
Além de reposicionar o Podemos, a fusão é vista como uma tentativa de revitalizar o PSDB, que perdeu protagonismo político nos últimos anos. A formação de uma federação com o Solidariedade também está em pauta como forma de ampliar a representatividade da nova força política.