Na manhã desta terça-feira (09) a Polícia Federal deflagrou a "Operação Bússola", contra fraudes previdenciárias. O objetivo é desarticular um grupo criminoso especializado em concessões fraudulentas de benefícios de aposentadoria rural.
Mais de 200 Policiais Federais dos Estados do Piauí, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Tocantins, foram mobilizados. A operação é resultado de uma investigação iniciada em 2020.
Entre os investigados, com prisão decretada, estão oito servidores do INSS, 17 advogados e 14 intermediários dos Estados do Piauí e Maranhão.
No decorrer das investigações foram identificados 1.975 benefícios de aposentadoria por idade rural com indícios de fraude, os quais já causaram um prejuízo efetivo ao INSS de cerca de R$ 55,8 milhões de reais.
A Justiça Federal determinou a imediata suspensão de 160 benefícios concedidos a pessoas fictícias (existentes apenas no papel) e a imediata revisão de todos os benefícios com indícios de fraude, o que pode evitar um prejuízo de R$ 623 milhões, a longo prazo. Ela também determinou o bloqueio das contas dos presos e a suspensão do exercício da função pública para os servidores do INSS.
Os presos serão interrogados por Delegados de Polícia Federal na Superintendência da Polícia Federal em Teresina e depois encaminhados para um dos presídios da capital, onde ficarão à disposição da Justiça.
Na Operação estão sendo cumpridos 16 Mandados de Prisão Preventiva, 23 Mandados de Prisão Temporária e 57 Mandados de Busca e Apreensão, nos municípios de Teresina (PI), Luzilândia (PI), Demerval Lobão (PI), Santo Antônio dos Milagres (PI), Timon (MA), Caxias (MA), Presidente Dutra (MA), Parnarama (MA), Codó (MA), Anapurus (MA) e São João do Sóter (MA).