O caso do empresário piauiense Erlan Oliveira, morto por espancamento no São João de Petrolina, entra agora em sua fase mais crítica.
Se nos primeiros dias o foco estava nos rostos mais conhecidos, como o influenciador João Ítalo e o empresário Galeguin do iPhone , a nova etapa da investigação joga luz sobre personagens que orbitavam a cena do crime com papéis tão relevantes quanto silenciados.
Com base em vídeos amplamente divulgados e relatos de populares que estavam no local, a apuração conduzida pelo Lupa 1 identifica agora quatro novas figuras centrais que estavam presentes no Bar do Virote, em Petrolina, no momento em que Erlan foi brutalmente agredido até a morte.
Franklin Aquino: O advogado que fugiu das redes sociais e da polícia
Entre os nomes que surgem com força está o advogado Franklin Aquino, que até onde foi informado pela polícia,não compareceu à acareação e segue sendo considerado foragido inclusive apagando sua conta das redes sociais.
Franklin Aquino, advogado influente na região de Ouricuri-PE e no amanhecer lá estava ele no “”Bar do Virote”.
Ele é tido como um dos que mais agride Erlan, além de ser o único que mantém contato direto com a mulher apelidada de “a mulher da bota”.
Após o chute no rosto de Erlan… a bota quebrada.
Mas esqueça a mulher da bota por enquanto.
Vamos falar de Aquino: ele tem histórico de relações políticas na região de Ouricuri-PE e, em 2018, protagonizou uma tragédia familiar em um acidente automobilístico. O caso teve repercussão na imprensa local e envolveu ainda o ex-prefeito da região chamado Bibi Coelho. O trauma, embora devastador, não explica, nem ameniza, a postura violenta e articulada registrada nas imagens que já chegaram a polícia e a imprensa.
Júnior da D20: Prisão confirmada e presença violenta
Outro nome que volta ao foco é o de Júnior da D20, já citado em matéria anterior do Lupa 1.
Detido logo após o crime, ele também aparece como um dos principais agressores. A brutalidade de seus atos e a reincidência com que atacou Erlan consolidam seu papel como peça central na execução do espancamento.
Júnior da D20. Já teve até postagem dos advogados dizendo que é inocente. Seria então essa imagem um erro?
Marcinho Nova Vida: O vereador que viu tudo e nada fez
Um dos pontos mais controversos é a presença do vereador de Ouricuri-Pe, Marcinho Nova Vida (PT), flagrado acompanhando os agressores, mas sem qualquer atitude de contenção ou socorro à vítima.
Sua omissão gera questionamentos legítimos: pode um agente público ser conivente ao ignorar um crime em andamento? Deve a polícia convocá-lo para esclarecer sua conduta?
Do palanque para o plenário. Do plenário para o cenário de um crime.
A postura do vereador, diante da gravidade dos fatos, é no mínimo constrangedora e passível de apuração formal. Ele deve ter algo a falar.
A Mulher da Bota: Mistério, chute fatal e sumiço digital
Por fim, surge a figura mais enigmática da cena: a mulher de botas, apontada por populares como “Vitoria Costa”, que teria desativado suas redes sociais após o crime ganhar repercussão.
Ela aparece acompanhada de Franklin Aquino e Júnior da D20, e é responsável por um dos últimos golpes em Erlan, um chute tão violento que quebra sua bota.
A mulher da botas que esteve no São João de Petrolina na quinta (19).
A proximidade com Franklin, registrada em imagens com contato físico e verbal direto, reforça a hipótese de que não se tratava de uma desconhecida. Estavam juntos e próximos.
A imagem retrata Franklin ao lado de uma Hilux SW4, o carro onde começou a discussão que desaguou no assassinato estava ao lado.
Nova fase
Essa nova fase do caso Erlan não é apenas sobre nomes. É sobre quem estava lá, quem bateu, quem calou, quem viu e não fez nada.
Franklin Aquino, o advogado violento e agora foragido; Marcinho Nova Vida, o vereador ausente diante da barbárie; Júnior da D20, reincidente brutal já preso; e a mulher da bota, símbolo involuntário de um sistema onde a violência é mais rápida que a justiça. Todos estavam lá. Todos viram. Alguns bateram. Nenhum ajudou.
Seguimos apurando os fatos
Enquanto o corpo de Erlan tombava, o silêncio de cada um desses personagens desenhava não só o fim de um homem, mas o retrato de uma cidade onde conivência, omissão e brutalidade ainda caminham juntas mas jamais impunes. A polícia está averiguando e a imprensa nacional, também.