Após uma série de inconsistências envolvendo a morte de Karita Joara, a Polícia Civil prendeu a companheira da mulher, Maria do Perpétuo Socorro Pereira, de 35 anos, na última quarta-feira (27), sob suspeita de envolvimento no crime, que havia sido descrito como suicídio.
Karita Joara de Lima Santos, de 35 anos, foi encontrada morta dentro de sua residência, localizada no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina, no dia 26 de setembro. O caso foi relatado pela companheira de Karita como sendo um suicídio por enforcamento, mas o laudo apontou morte por estrangulamento, um indicativo de morte violenta.
Em entrevista à TV Lupa1, a delegada Nathalia Figueiredo, titular da Delegacia de Feminicídio, relatou que a família da vítima procurou a delegacia por não acreditar na versão de Maria do Perpétuo, e após isso, a suspeita foi ouvida novamente.
"Ela disse que ao adentrar no quarto, a Karita ainda estaria suspensa com o cinto utilizado supostamente para se enforcar, e ela teria segurado a Karita no momento em que houve o rompimento, só que não bate com o laudo, que nos trouxe algumas lesões contusas que não são condizentes em mortes por suicídio utilizando enforcamento.", explicou.
Ainda de acordo com a delegada, a suspeita agiu com frieza no momento em que foi dada voz de prisão. Maria do Perpétuo cumpre uma prisão temporária de 30 dias, e caso seja comprovada a autoria do crime, ela irá responder por feminicídio e fraude processual.