A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Piauí (OAB-PI), recebeu uma notificação da 3ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina informando a falta de resposta do advogado do estudante João Henrique Soares Leite Bonfim à acusação dentro do prazo legal. O estudante de direito foi indiciado por homicídio doloso com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de causar a morte, mesmo sem intenção direta), após atropelar e matar o casal, Laurielle e Francisco, em dezembro de 2024, na zona Leste da capital.
A resposta à acusação é uma peça processual apresentada pela defesa do réu após o recebimento da denúncia ou queixa-crime. Além de ser uma das fases iniciais do processo penal é fundamental para a garantia da ampla defesa do acusado. Nela, o advogado apresenta os argumentos de defesa, podendo contestar os fatos imputados, e levantar atos processuais inválidos, ou irregulares, que podem se tornar passíveis de anulação.
Nossa equipe entrou em contato com a assessoria da OAB-PI para comentar sobre o caso, mas ainda não há declarações. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Soltura
No último sábado (05), João Henrique Soares Leite Bonfim, estudante de direito acusado de matar um casal em um atropelamento, foi liberado por meio do uso de tornozeleira eletrônica. Ele estava preso na Penitenciária Regional Irmão Guido e permanecerá em liberdade até o julgamento.
Relembre o caso
Em 1º de dezembro de 2024, Laurielle da Silva Oliveira e o marido, Francisco Felipe Oliveira Duarte, trafegavam em uma motocicleta no cruzamento das avenidas Jockey Clube e Nossa Senhora de Fátima, na zona Leste de Teresina, quando foram atropelados pelo estudante de direito, João Henrique Soares.
O acidente foi registrado por câmeras de segurança, e nas imagens é possível visualizar o momento em que João Henrique avança o sinal vermelho em alta velocidade e logo após atropela o casal. Laurielle morreu ainda no local, e Francisco chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em estado grave, mas faleceu dias depois.
João foi preso em flagrante no dia do acidente e teve a prisão convertida em preventiva por ser reincidente. Além disso, o inquérito apontou que ele estava em “embriaguez completa” no momento do acidente.