Um homem identificado como Rodinei Duarte da Silva foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão pelo assassinato da ex-companheira, Ivanete de Carvalho Costa. O fato ocorreu em julho de 2016, no município de Redenção do Gurguéia, a 661 km de Teresina.
Ivanete foi encontrada morta no quarto de casa pelo próprio filho, de apenas 8 anos, com uma corda amarrada ao pescoço e presa à cabeceira da cama. A cena do crime, segundo a perícia, havia sido alterada para simular um suicídio. No entanto, o exame cadavérico revelou que a dona de casa foi, na verdade, estrangulada.
Durante o julgamento, o júri acolheu as teses apresentadas pela acusação e considerou Rodinei culpado por homicídio qualificado, com duas agravantes: feminicídio e o uso de asfixia como meio de execução.
De acordo com a investigação, o crime foi motivado pela não aceitação do fim do relacionamento por parte de Rodinei. Familiares de Ivanete relataram, à época, que ele apresentava comportamento possessivo e que a família da vítima era contra a relação. “Ela queria viver em paz, mas ele não aceitava. Isso foi uma tragédia anunciada”, disse uma amiga próxima da dona de casa.
Apesar da condenação, Rodinei Duarte ainda não foi preso. Segundo o advogado de defesa, Laudo Renato, ele não compareceu ao julgamento por problemas técnicos de conexão. O advogado afirmou que o cliente nega ter cometido o crime e que irá se apresentar nos próximos dias. Rodinei chegou a ser preso no início das investigações, em 2016, mas foi solto pouco tempo depois.
A defesa nega a autoria do crime e afirma que pretende recorrer da decisão. A Justiça determinou que o cumprimento da pena se dê em regime inicialmente fechado.