Em Portaria publicada na edição do Diário Oficial do Estado do Piauí disponibilizada nesta terça-feira (22/404), o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, determinou a demissão do agente de polícia civil Cícero Henrique de Sousa Araújo. O servidor, que ocupava o cargo de Agente de Polícia Civil de 1ª Classe, foi desligado da corporação após processo administrativo disciplinar.
O agente, que já foi alvo de operações da própria Polícia Civil desde 2017, era lotado na Delegacia Seccional de Barras e é investigado por uma série de crimes, inclusive tendo sido alvo de operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Funcionais (DRCF) e o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) no ano passado.
De acordo com a portaria, a penalidade de demissão foi aplicada após análise das circunstâncias previstas na legislação estadual, incluindo o artigo 149 da Lei Complementar nº 13/1994. O documento também determina que o servidor seja notificado oficialmente da decisão, devendo entregar sua carteira funcional, insígnias, distintivos, armas e quaisquer outros objetos que o identifiquem como agente da polícia civil.
O Departamento de Gestão de Pessoas da Polícia Civil do Estado do Piauí será responsável por registrar a demissão nos assentamentos funcionais do servidor e adotar as medidas legais decorrentes da penalidade aplicada.
Portaria disponibilizada no Diário Oficial do Estado do Piauí nesta terça-feira (22/04)
Foi preso em março deste ano
Cícero Henrique foi detido no dia 27 de março deste ano, na cidade de Barras, onde exercia funções como plantonista. Conforme informou o delegado seccional Welder Melo, à época da detenção, Cícero foi autuado por abuso de autoridade, após violar uma medida protetiva de urgência, e durante o período do Carnaval, ele teria ameaçado várias mulheres utilizando uma arma de fogo.
Outros crimes
A Polícia Civil do Piauí informou que Henrique é alvo de múltiplas investigações em curso, envolvendo suspeitas de crimes como peculato e tentativa de sequestro. A Delegacia de Repressão aos Crimes Funcionais foi a responsável pelo pedido de prisão preventiva, com base na gravidade dos indícios reunidos. As apurações foram iniciadas a partir de denúncias e registros de ocorrências atribuídas ao agente, apontando para um padrão de condutas irregulares ao longo de sua carreira.