A Prefeitura de Timon está implementando uma iniciativa direcionada às pessoas em situação de rua, por meio do programa Consultório na Rua, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde. Desde o início do projeto em maio deste ano, aproximadamente 600 atendimentos foram oferecidos em várias áreas da cidade.
As consultas são conduzidas por uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e assistentes sociais. Os pacientes que requerem atendimento mais abrangente são encaminhados aos hospitais pelo SAMU ou direcionados à rede de proteção social.
“Em regra, nós verificamos a pressão arterial, glicemia, fazemos curativos, entre outros procedimentos. Para o trabalho na parte social nós temos uma parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) e encaminhamos para as unidades que podem recepcionar essas pessoas”, explicou a coordenadora do Consultório na Rua, Aline Fonseca.
Durante as consultas, são realizados testes para detectar Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e administração de vacinas.
“Nós fazemos testes rápidos para HIV, hepatite C, hepatite B e sífilis. Nós também oferecemos vacina para a gripe, covid e tudo o que a Secretaria de Saúde tem a disposição”, detalhou o médico da equipe, Dr. Lúcio Alberto Monteiro.
A abordagem também abrange cuidados odontológicos, com a distribuição de kits de higiene bucal e encaminhamentos para atendimentos especializados, incluindo a possibilidade de confecção de próteses dentárias.
“Esses pacientes em situação de rua são referenciados para cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que contam com vagas exclusivas para esse tipo de atendimento. Eles podem ser referenciados para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) caso precisem de próteses”, informou a enfermeira Marcélia Marques.
O resultado desse enfoque humanizado e de proximidade com as pessoas em situação de vulnerabilidade tem sido amplamente reconhecido pela população.
“A importância desse trabalho é grande porque as pessoas em situação de rua são esquecidas. A maioria passa necessidades fisiológicas e alimentares”, avaliou a moradora de Timon, Daniela Oliveira.