A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa), divulgou nesta semana uma recomendação técnica com orientações essenciais para laboratórios e demais serviços de saúde sobre a vigilância e o controle da Candida auris — um fungo altamente resistente a medicamentos e com potencial para causar surtos em ambientes hospitalares.
A medida é uma resposta ao aumento de casos registrados em diferentes estados do Brasil e tem como objetivo reforçar os protocolos de prevenção e segurança nas unidades de saúde públicas e privadas do estado.
De acordo com a diretora da Vigilância Sanitária do Piauí, Tatiana Chaves, a Sesapi está atenta ao cenário nacional e reforça a importância da mobilização dos profissionais da saúde no Piauí.
“A equipe técnica da Vigilância Sanitária permanece atenta e disponível para fornecer apoio contínuo aos gestores e profissionais dos estabelecimentos de saúde, reforçando a importância do cumprimento das orientações”, pontua Tatiana.
O documento técnico traz orientações práticas para a detecção precoce, investigação e o manejo adequado dos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo fungo, que pode representar um risco considerável à saúde pública, especialmente em ambientes com pacientes imunossuprimidos ou em UTIs.
Além da recomendação estadual, os profissionais de saúde também devem ficar atentos ao alerta de risco nº 01/2025, emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ambos os documentos estão disponíveis de forma online, facilitando o acesso às informações e permitindo que as diretrizes sejam implementadas de forma rápida e eficaz.
A Candida auris é considerada um desafio emergente em todo o mundo por sua capacidade de resistência a múltiplos antifúngicos, dificultando o tratamento e contribuindo para a permanência do fungo nos ambientes hospitalares por longos períodos.
Com isso, a Sesapi reforça o pedido para que todas as unidades de saúde do Piauí fiquem em estado de alerta, implementem os protocolos recomendados e atuem de forma integrada com a Vigilância Sanitária estadual, a fim de conter a disseminação do fungo e proteger a saúde dos pacientes e profissionais.
O que é a Candida auris?
Identificado pela primeira vez no Japão em 2009, o fungo Candida auris vem chamando a atenção de autoridades sanitárias ao redor do mundo devido à sua rápida disseminação e resistência a medicamentos antifúngicos comuns. Ele pode causar infecções graves na corrente sanguínea, ouvidos, feridas cirúrgicas e, em alguns casos, levar à morte.
O risco é real, mas pode ser controlado com medidas adequadas de vigilância e prevenção. O alerta da Sesapi chega como um chamado à ação para todos os serviços de saúde do estado.
Confira a recomendação