A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) lançou neste mês de julho a cartilha virtual, “Um Guia Essencial Contra a Violência ao Idoso”, um material interativo com o intuito de informar, sensibilizar e mobilizar a sociedade no enfrentamento das diversas formas de violência que atingem a população idosa.
A ação é resultado da articulação entre ensino, extensão e direitos humanos, a cartilha foi criada a partir do trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito e integra o Programa de Extensão “Direitos Humanos, Políticas Públicas e Participação Social: Construindo Diálogos”.
“A criação da cartilha foi motivada pela urgência em dialogar com a realidade social vivida por grupos vulneráveis, especialmente os idosos, diante do crescente número de denúncias de violência e negligência contra essa população”, explica a coordenadora do projeto, a pró-reitora Fábia Buenos Aires, que também é docente da disciplina.
Para além da denúncia, o projeto tem como foco a formação cidadã dos estudantes e o compromisso da universidade com os direitos humanos. Além de que, o engajamento da comunidade acadêmica e da sociedade em geral também faz parte da estratégia de disseminação.
“Ao promover a produção de conteúdos digitais sociologicamente fundamentados, a cartilha assume papel estratégico na formação cidadã dos estudantes e na missão da Uespi de contribuir com a transformação social”, reforça a professora.
A cartilha aborda, de forma clara e acessível, os principais tipos de violência sofridos por idosos, como a física, psicológica, financeira, institucional, além da negligência e abandono. O conteúdo apresenta exemplos, sinais de alerta e formas de enfrentamento. O material também orienta sobre como e onde denunciar, destacando canais como o Disque 100 e serviços de acolhimento e proteção social.
“A abordagem é fundamentada na leitura crítica do fenômeno jurídico e sociológico. Nosso objetivo foi oferecer um conteúdo acessível, mas com profundidade, que auxilie as pessoas a identificar os sinais e agir diante das situações de violação”, destaca Fábia Buenos Aires.
Para garantir que o conteúdo fosse compreendido e compartilhado por diferentes públicos, a ação foi planejada com foco na acessibilidade, no visual atrativo e na linguagem direta.
“Os estudantes foram protagonistas no desenvolvimento do material. Tivemos ciclos semanais de produção de conteúdo, sempre pensando em formatos que dialogassem com a realidade das redes sociais e alcançassem desde jovens a cuidadores, agentes comunitários e familiares”, detalha a professora.
Segundo a pró-reitora, a cartilha pode e deve ser utilizada em atividades de sala de aula, campanhas institucionais, projetos de extensão e ações educativas em escolas, centros de convivência e espaços públicos.
“Queremos que a cartilha circule amplamente. Estudantes e professores são multiplicadores desse conteúdo e a sociedade pode se apropriar dele como ferramenta educativa e de cuidado coletivo”, pontua.
A cartilha está disponível gratuitamente e pode ser acessada por meio do QR Code e também pelo link do programa no Instagram https://www.instagram.com/p/DKaB5mkRiQW/?igsh=MXU1ZXY1dG5semVtMg==.