O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou publicamente, nesta segunda-feira (21), a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. Em sinal de respeito e pesar, o governo brasileiro decretou luto oficial de sete dias em todo o território nacional. O pontífice argentino, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu após enfrentar complicações respiratórias nos últimos meses.
Em nota oficial, Lula exaltou a trajetória do Papa Francisco como uma figura que simbolizou empatia, solidariedade e compromisso com os mais vulneráveis. “A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo”, afirmou o presidente.
O decreto de luto assinado por Lula reconhece Francisco como Chefe de Estado e determina honras fúnebres em sua homenagem. “É declarado luto oficial em todo o País, pelo período de sete dias, contado da data de publicação deste Decreto, em sinal de pesar pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio, Sua Santidade o Papa Francisco”, diz o texto.
Uma liderança que marcou época
Ao longo de seu pontificado, iniciado em março de 2013, o Papa Francisco deixou sua marca como o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta a comandar a Igreja Católica. Ele foi reconhecido mundialmente por sua postura progressista, seu apelo à fraternidade global e suas firmes críticas à desigualdade social e à destruição ambiental.
“Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que geram desigualdade e injustiça. E sempre esteve ao lado dos pobres, refugiados, idosos, jovens e vítimas da guerra”, destacou Lula em seu comunicado.
O anúncio da morte
A morte do Papa foi confirmada oficialmente pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano. “Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico a morte do nosso Santo Padre Francisco”, declarou.
Francisco enfrentava problemas de saúde desde o início do ano, incluindo dificuldades respiratórias que o levaram a uma internação de quase 40 dias no Hospital Gemelli, em Roma. Ele havia recebido alta no dia 23 de março, mas seu estado de saúde seguia delicado.