Na manhã desta quinta-feira (23), os moradores do bairro Centro Sul de Teresina entraram em contato com o Lupa1, para denunciar uma prática irregular de cuidados de animais que está favorecendo a proliferação de mosquitos da dengue na região. Na área, estão localizados hospitais e pensionatos que recebem pacientes que realizam diversos tratamentos médicos.
Segundo os moradores, a prática acontece desde o período da pandemia e ajudou na reprodução desenfreada de gatos. Os animais, que não são castrados e vacinados, procriam em áreas de difícil acesso e não recebem os cuidados veterinários necessários.
Ainda de acordo com os moradores, quatro mulheres são responsáveis por colocar a água e ração nas vasilhas em um corredor, que fica entre um edifício e a residência afetada, de acesso restrito. O local é de propriedade da empresa imobiliária, Luauto Imóveis, e por ser fechado com um cadeado, impossibilita a limpeza correta para coibir a proliferação das larvas do mosquito da dengue.
A casa de um dos moradores prejudicados é um pensionato que recebe crianças, idosos e pessoas com enfermidades que se deslocam de municípios do interior do Piauí para receber tratamentos médicos em Teresina. Após entrar em contato com a empresa responsável pelo corredor, foi informado que a situação seria contornada e foram sugeridas duas medidas: o uso de um portão de ferro ou a construção de um muro de tijolos.
Acordo
Os populares ainda informaram que foi solicitado às mulheres que as vasilhas fossem colocadas em um lugar seguro que permitisse a limpeza adequada, porém, não houve acordo. A ração e a água são despejadas ao ar livre e só são trocadas no outro dia.
Medo
De acordo com os moradores, a água estava sendo colocada em marmitas de isopor. Em razão do medo e do perigo da proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti, os poluares conseguiram quebrar as marmitas com uma vasoura, para que a água não se acumulasse no local.