Durante anos, Taylor Swift foi o rosto mais poderoso do pop global mas, ironicamente, não era dona das próprias músicas. Os sucessos que levaram seu nome ao topo das paradas pertenciam a empresários e gravadoras. Agora, após duas décadas de disputas e regravações, a artista anunciou que finalmente é dona de 100% de toda a sua obra.
A informação foi divulgada por meio de uma carta aberta ao público, onde Taylor detalha a longa trajetória de frustração, estratégia e vitória que a levou a esse ponto histórico.
O contrato que custou sua liberdade
Taylor Swift começou a carreira ainda adolescente, assinando com a gravadora Big Machine Records aos 15 anos. O contrato parecia o passaporte para o sucesso e foi. Mas o preço cobrado por essa oportunidade foi alto: a gravadora reteve todos os direitos autorais sobre seus primeiros seis álbuns, incluindo hits globais como Love Story, You Belong With Me, Shake It Off e Blank Space.
Em 2019, Taylor foi surpreendida com a venda do seu catálogo musical para o empresário Scooter Braun, em uma transação de US$ 300 milhões. Ela não foi consultada, nem teve a chance de comprar suas próprias músicas. O impacto foi devastador.
Passei anos vendo minha história ser controlada por outros
A resposta estratégica: regravações com selo próprio
Diante da perda, Taylor montou um plano ambicioso: regravar todos os discos vendidos, faixa por faixa, criando novas versões sob o selo Taylor’s Version. A ideia era simples mas ousada: esvaziar o valor comercial dos álbuns vendidos e transferir todo o prestígio artístico para os novos lançamentos.
O resultado surpreendeu até os mais céticos. As regravações dominaram as paradas, bateram recordes e ganharam prêmios. Fãs, artistas e até as plataformas de streaming passaram a priorizar as novas versões.
A virada: Taylor agora é dona de tudo
Agora, Taylor anunciou que concluiu a aquisição dos direitos sobre toda sua produção artística: músicas, videoclipes, turnês, artes visuais, bastidores e faixas não lançadas.
Todo o trabalho que fiz na minha vida… agora me pertence
A conquista só foi possível com o apoio da empresa Shamrock Capital e da base fiel de fãs que abraçou as regravações com entusiasmo. Os próximos passos Na carta publicada em seu site, Taylor revela que ainda faltam três projetos para encerrar o ciclo de regravações: Reputation e os dois primeiros álbuns da carreira. Ela afirma que esses discos serão relançados no tempo certo, com a sensibilidade que cada fase da vida exige.
Quero contar essa história não com tristeza, mas com poder
Impacto no mercado
O caso Taylor Swift virou um marco na indústria fonográfica e inspirou novos artistas a renegociarem contratos com mais autonomia. Termos como “propriedade dos masters” e “regravação contratual” ganharam as redes sociais e se tornaram assunto público, muito por causa da batalha da cantora.
Legado
Mais do que recuperar sua música, Taylor Swift reescreveu as regras do jogo. Com coragem, planejamento e uma base de fãs engajada, ela provou que o talento pode, sim, andar lado a lado com o controle criativo. E que o artista não precisa aceitar calado a lógica de exploração do mercado.