Porque o PSD não precisa do MDB

A única razão aparente para a continuidade da parceria entre os partidos seria a defesa, pelo MDB, da candidatura de Júlio César ao Senado.

Nos bastidores da política piauiense, a tensão entre as lideranças do MDB e PSD esquenta as articulações para as eleições do próximo ano. Segundo apurou este colunista, ambos os partidos têm tratado com pouca delicadeza as conversas sobre a possibilidade de repetirem a “chapa cruzada” que os uniu no pleito anterior.

 

Marcelo Castro, Rafael Fonteles e Júlio César


O MDB, que enfrenta dificuldades em consolidar sua base, parece pressionado a renovar a parceria para garantir a manutenção das duas vagas na Câmara Federal, atualmente ocupadas por Marcos Aurélio Sampaio e Castro Neto. Sem outros nome competitivos, o partido reconhece que a aliança com o PSD seria crucial para manter as cadeiras.

Por outro lado, o PSD, liderado por Júlio César, parece navegar em águas mais tranquilas. Com uma base política sólida, apoiada por um número expressivo de prefeitos e lideranças, e o estilo de atuação arrojado de Georgiano, o partido tem se mostrado capaz de atingir, de forma independente, o coeficiente eleitoral necessário para garantir pelo menos uma vaga federal.

O Partido Social Democrático  traz em sua trincheira o campeão de votos Georgiano Neto, que se levarmos em conta, o número de prefeitos do partido, as lideranças que compõem sua base politica, somado ao seu estilo de atuação (trabalho)deve ultrapassar sozinho a legenda necessária para conquistar uma cadeira na câmara federal.( há quem aposte que ele terá mais de 200 mil votos)  
Por outro lado, na disputada estadual, o PSD hoje também não necessitaria juntar-se aos candidatos do MDB, pois matematicamente, com os nomes hoje postos: Júlio César Filho, Simone Pereira, Tiago Vasconcelos , Toninho de Caridade, ascrescido de uma calda consistente. O partido fará facilmente duas cadeiras na Alepi, podendo fazer a terceira.

A única razão aparente para a continuidade da parceria entre os partidos seria a defesa, pelo MDB, da candidatura de Júlio César ao Senado. Nesse caso, a aliança garantiria um discurso de unidade que poderia fortalecer a campanha de Júlio César, além de evitar um desgaste entre as legendas no momento em que ambos necessitam preservar suas cadeiras (Marcelo Castro e Julio Cesar) já que almejam compor na chapa do governo.