O vereador eleito João Pereira (PT) se juntou ao coro de filiados do Partido dos Trabalhadores que acreditam que o partido precisa mudar sua estratégia política para evitar a perda de mais uma eleição em 2026. O debate é nacional e se divide entre os que clamam por uma renovação forçada no partido e os que pedem uma reaproximação do PT com suas bases, posição com a qual João Pereira concorda.
Apesar de não ser facilmente admitida pelo governo, a derrota na esmagadora maioria das capitais do Brasil foi um golpe duro para o partido e demonstrou uma inegável ineficiência do discurso petista. Em Teresina, a derrota do candidato Fábio Novo (PT) não foi facilmente assimilada e ainda vai provocar reações dos petistas por muito tempo.
“Temos alguns nós que precisamos desatar. O PT vai fazer uma avaliação? Vai. Dia 5, 6, é para fazer uma avaliação. Nós precisamos fazer uma reflexão. O momento requer maturidade, o momento requer que a gente desça um pouquinho e faça as análises corretas, inclusive nos aproximando mais das bases eleitorais, nos aproximando mais dos movimentos sociais, das entidades, das associações, que sempre foram um apoio do Partido dos Trabalhadores e hoje estão distantes”, disse.
Esse distanciamento é evidente e já foi motivo de queixa da ex-governadora Regina Sousa (PT). Ela criticou a distância que o PT tomou de nomes mais tradicionais do partido, que, apesar de sua luta histórica, não têm mais peso ou relevância no Piauí.
Entre esses petistas estão: Antônio Neto, Antônio José Medeiros, Roberto John, entre outros. Hoje, no alto escalão do governo e na confiança do governador, estão os “rafaelistas” – políticos muito mais ligados a Rafael Fonteles do que ao próprio Partido dos Trabalhadores.