Margarete nega ter se referido ao grupo de Marcelo Castro ao fazer crítica

Após repercussão, ex-deputada alega que não criticou esquema político do senador ao falar sobre disputa eleitoral em São Raimundo Nonato.

A ex-deputada federal e atual diretora financeira do Sebrae, Margarete Coelho (Progressistas), se manifestou sobre publicação desta coluna da segunda-feira (6). A publicação repercutiu trecho de uma entrevista concedida à Rádio Serra da Capivara, de São Raimundo Nonato, em que ela fez duras críticas às gestões do ex-prefeito Avelar Ferreira e questionou "como pode alguém se juntar com o retrocesso".

Margarete Coelho (Foto: Reila Maria/Câmara)

Na cidade, o clima político está quente depois que o grupo do senador Marcelo Castro (MDB) rompeu com a prefeita Carmelita (PT), que é irmã de Margarete, e se aliou à família Ferreira. A aliança do grupo de Marcelo com os Ferreiras é diariamente alvo de críticas por parte dos aliados de Carmelita, porém, a ex-deputada nega que estivesse se referindo ao grupo do senador quando criticou quem "se junta" aos Ferreiras.

Na nota enviada à coluna, Margarete se agarra ao fato de não ter pronunciado o nome do senador Marcelo ou mencionado diretamente o seu grupo. "Não tem origem na minha entrevista as afirmações do jornalista, quando diz que não economizei nas indiretas e críticas ao grupo político do senador", fala um trecho da nota.

Margarete alega que concentrou suas críticas apenas nas gestões do ex-prefeito Avelar, que ela classificou de "retrocesso", embora tenha questionado quem se junta ao grupo do ex-prefeito. A interpretação deste colunista e de colegas jornalistas consultados pela coluna é que ela alfinetou, embora sem citar nomes, o grupo que rompeu com sua irmã e se aliou a Avelar. Contudo, a ex-deputada nega. 

A coluna disponibiliza abaixo, na íntegra, a resposta de Margarete.

Em relação à matéria de autoria de V. Sa. no portal Lupa 1 intitulada “Margarete critica grupo de Marcelo: Como pode alguém se juntar com o retrocesso?” esclareço que em nenhum momento da entrevista concedida à Radio Serra da Capivara na última sexta-feira (3), na qual o senhor se baseou, foi citado o nome do senador Marcelo Castro.

Por isso, não têm origem na minha entrevista as afirmações do jornalista, quando diz que não economizei nas indiretas e críticas ao grupo político do senador.

Mantenho com o senador Marcelo Castro uma relação de respeito e carinho. Por ele e por sua família.

Estivemos juntos em vários momentos da política estadual e local, parcerias exitosas que se basearam em uma relação respeitosa no campo político e pessoal e que rompeu as barreiras municipais e estaduais, confirmando-se na boa relação que tivemos no Congresso Nacional.

Na entrevista, fiz clara referência a um determinado grupo político que atuou no passado e que levou nosso município a um período de muito atraso e desmandos, do qual os sanraimundenses não sentem saudade. Um grupo político que não tem zelo e não olha a nossa cidade com o potencial que ela tem.

São Raimundo hoje é uma cidade organizada, estruturada, de índices positivos e de qualidade para o Piauí. E, repito, não aceitará retrocessos!

Por fim, as críticas são a uma gestão do passado, que nada fez pela cidade e que insiste em voltar, praticando inclusive essas velhas abordagens de causar discórdia entre quem sempre se respeitou.

O povo de São Raimundo se afeiçoou e, como as pesquisas indicam, aprova uma gestão que mantém a cidade limpa, hospitaleira, onde os negócios fluem, uma cidade que progride e que a população enxerga o poder que tem de crescer junta.

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Cozinhando o galo

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