A posição do vereador Ismael Silva (PSD) de votar contra a projeto da Prefeitura de Teresina que trata do piso dos professores e ainda sugerir que a gestão municipal reduza a quantidade de comissionados mexeu com o brio de alguns vereadores. Joaquim do Arroz (MDB) foi um dos mais incomodados e pediu para Ismael ir para a oposição, o que foi prontamente rebatido.
“Em nenhum momento fiz negociata para votar em troca de cargo. Se vossa excelência se vendeu por cargo, não sou eu que tenho essa postura”, disparou Ismael contra Joaquim.
Porém, a posição de Ismael causa uma saia justa ainda maior para o vereador Renato Berger, líder do prefeito na Casa. Os dois são do PSD. Mesmo assim, nem Berger e nem o partido conseguem por rédeas em Ismael. Enquanto Berger argumentava e tentava de todo jeito convencer os colegas, Ismael subiu à tribuna da Câmara e “desceu a ripa” no projeto.
No semblante de Renato Berger, é visível o constrangimento ao ter que defender o projeto da Prefeitura e ao mesmo tempo contestar as falas do próprio colega de partido, pisando em ovos para não criar uma confusão maior. A matéria acabou aprovada sob protestos de professores e com o voto contrário de cinco vereadores, entre eles Ismael. Mas não parou por aí.
O jovem parlamentar ainda fez questão de deixar claro que o partido tem um CNPJ e ele tem um CPF, e que são coisas diferentes. Ismael Silva também colocou cargos na gestão à disposição e sugeriu que Renato Berger levasse o recado até o Palácio da Cidade. Ismael disse ainda que o prefeito Dr. Pessoa (MDB) pode, se quiser, entregar os cargos para Joaquim do Arroz.
É visível que o novato irritou os veteranos.