Falta de alternância no comando do MP-PI salta aos olhos

Cleandro Moura foi empossado para o comando do Ministério Público Estadual pela quarta vez nos últimos cinco biênios.

O procurador Cleandro Moura foi reconduzido na última sexta-feira (29) ao cargo de procurador-geral de Justiça do Piauí. É a quarta vez nos últimos oito anos que ele assume o comando do Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI). Dessa vez, Cleandro nem concorrência teve. Foi o único a postular o cargo e, claro, acabou sendo reconduzido.

Para definir o procurador-geral, é realizada uma eleição no órgão, onde os três nomes mais votados compõem uma lista tríplice. O governador do Estado escolhe um deles. Como Cleandro foi candidato único não teve lista tríplice e, naturalmente, foi o escolhido pelo gestor estadual.

Das quatro vezes, Cleandro foi escolhido por Wellington Dias em três (Foto: Governo do Piauí)

A falta de alternância no comando do MP-PI salta aos olhos, embora sejam poucos os que a questionam. Cleandro Moura virou uma espécie de "eterno procurador-geral". Das quatro vezes, em três ele foi escolhido pelo então governador Wellington Dias (PT). Dessa vez, foi escolhido por Rafael Fonteles, também do PT. Embora seja legal, a perpetuação no comando do órgão merece críticas.

Cleandro já exerceu o cargo nos biênios 2015-2017, 2017-2019, 2021-2023 e agora ficará de 2023 até julho de 2025. Apenas no biênio 2019-2021 ele não foi procurador-geral, já que não pode haver "terceiro mandato" seguido no comando do Ministério Público.

Na quarta vez, Cleandro não teve concorrência e foi escolhido por Rafael (Divulgação/Governo Piauí)

Para um órgão que deixa tanto a desejar no cumprimento do seu dever, sobretudo quando se trata de corrupção praticada por poderosos, essas reconduções em nada contribuem para melhorar a imagem. Faz tempo que o Piauí carece de um MP Estadual com novo gás e nova postura. Quando teremos?

| Pronto para a campanha

Pablo quer ser prefeito de Picos, cargo que Warton tentou duas vezes, sem sucesso, nos anos 70 e 80

O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Picos, Pablo Santos (MDB), publicou no fim de semana montagem com a junção de uma foto dele e outra do pai, o ex-deputado estadual Warton Santos. A foto de Warton é de quando ele foi candidato a prefeito de Picos em 1982. Na publicação, Pablo destaca que o pai tem mais de 50 anos na política e diz que tem orgulho de continuar o legado político do ex-deputado.

Pronto para a campanha II

Pablo não cita a eleição de 2024, mas deixa claro que está pronto para a disputa. "Hoje me sinto mais seguro e maduro para novos desafios na minha vida pública. Se Deus permitir, vou em busca de novos desafios, certo que com esse grande exemplo, estou pronto!", escreveu.

| Amadorismo só agora?

Wilson Martins (Foto: Eduardo Amorim/Lupa1)

Após circular na imprensa a possibilidade de o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), migrar para o PSB e assumir o comando do partido com seu grupo, o ex-governador Wilson Martins disse que "o PSB nunca embarcou em amadorismo na política". Wilson é ex-presidente da sigla no Piauí e, embora tenha virado petista em 2022, ainda tem influência na legenda.

Na mesma chapa

Ao usar do sarcasmo para se referir à possibilidade de Pessoa assumir o partido, Wilson parece esquecer que em 2020 a sigla embarcou numa chapa com o atual prefeito e indicou o vice dele. Se o PSB pode nunca embarcou em amadorismo na política, como definir a aliança com Dr. Pessoa em 2020? Wilson só enxerga o prefeito como "amador" agora que ele tem mais 80% de rejeição?

| Socos e empurrões

Teve briga no PSOL (Reprodução/Redes Sociais)

Terminou em briga e confusão com socos empurrões o encontro nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). O evento aconteceu em um hotel de Brasília e a briga começou quando grupos opostos começaram a se provocar. Em nota, o presidente do partido, Juliano Medeiros, lamentou o ocorrido e informou que uma apuração foi instaurada sobre o caso.

Aliada de Boulos

Em meio à briga e a desordem dos militantes, o partido elegeu Paula Coradi com 67% dos votos de 451 delegados. Ela comandará o PSOL até 2026. Paula pertence ao ala do deputado federal Guilherme Boulos, que defende que a sigla seja da base do governo Lula. A ala derrotada, liderada pela deputada Sâmia Bonfim, defendia que o PSOL ficasse independente.