Cobrado em Brasília para fortalecer a campanha de Jair Bolsonaro (PL) no Piauí, o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira se viu forçado a dar um jeito da campanha do coronel Diego Melo (PL) não morrer de “inanição”. Nada menos do que R$ 500 mil reais estão sendo “injetados” na divulgação do oficial a fim de fazê-lo parecer competitivo.
Ciro Nogueira foi à convenção de Diego Melo, em julho (Foto: Reprodução/Instagram/Ciro)
Segundo fonte próxima ao ministro, os recursos não são do PL, mas direcionados diretamente para o candidato, ao que parece, tudo de maneira legal, por meio de doações, uma vez que o dinheiro já teria pago inclusive produção de vídeos e material gráfico.
Foi recomendado a Diego que parte desses recursos fosse direcionada à promoção da imagem de outros dois ou três candidatos de seu grupo que concorrem a cargos proporcionais.
TÁ DIFÍCIL
Hoje o maior adversário de Diego Melo não tem sido o PT, mas o candidato Sílvio Mendes, do União Brasil. É para a campanha de Sílvio que os bolsonaristas estão migrando, vendo que o ex-prefeito de Teresina tem, de fato, mais chances de vencer as eleições. Ao lado de Sílvio os bolsonaristas sentem-se tão confortáveis que o movimento de “voto útil” não deve esperar nem os primeiros dias de campanha.
Já existe um movimento interno de candidatos proporcionais pressionando a direção estadual do PL para que se libere adesões à campanha de Mendes já agora, uma vez que o eleitorado tende a votar mais em candidatos a deputado estadual e federal associados a uma chapa majoritária competitiva.
Bolsonaro cobra viabilidade de palanque no Piauí (Foto: Reprodução/Instagram/Diego Melo)
Os bolsonaristas já apoiam Joel Rodrigues (PP) para o Senado, pois não têm candidato no PL disputando a vaga, por influência de Ciro Nogueira.
Para que o Planalto não cobre de Sílvio Mendes uma declaração de apoio em Bolsonaro, parece que Ciro Nogueira trabalha para que Diego Melo sustente sua candidatura de pé por mais algumas semanas.