Depois de ter virado alvo de críticas e de chacotas por ter filiado e lançado a pré-candidatura da atriz pornô Ester Tigresa a deputada estadual no Mato Grosso, o PT decidiu suspender a filiação e expulsá-la do partido. Com isso, ela fica impossibilitada de disputar as eleições deste ano, já que o prazo para filiação para quem quer se candidatar expirou.
Ester Caroline, conhecida como “Tigresa Vip”, se filiou ao PT no Mato Grosso no dia 14 deste mês. Além da filiação, foi anunciada a pré-candidata dela a uma vaga na Assembleia Legislativa do estado. O anúncio foi feito pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT). Tigresa, que grava vídeos pornôs amadores desde os 16 anos, discursou no evento petista.
Em nota, o presidente do PT no Mato Grosso, deputado estadual Valdir Barranco, informou que a Executiva do partido decidiu, por maioria de votos, anular o processo de filiação de Ester Tigresa. Segundo o dirigente, no dia 18 de abril a Executiva Estadual determinou que Ester tivesse a filiação suspensa e fosse removida dos quadros da sigla.
Barranco acusou o deputado Lúdio Cabral (PT) de fazer o lançamento da filiação no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sem consultar o diretório. “Esta filiação feriu de morte o nosso regramento e ela teve a filiação suspensa por decisão não só da Executiva Estadual, mas também pelo Diretório Nacional do PT”, enfatizou Barranco.
Tigresa Vip reage
Numa rede social, Ester Tigresa condenou a postura do PT e acusou o partido de preconceito e machismo. “Pretos, pobres e profissionais do sexo sofrem preconceito só por serem o que são. Também existe machismo. Segunda-feira irei falar sobre a minha expulsão do Partido dos Trabalhadores PT”, escreveu a Tigresa.
Defesa diz que decisão é arbitrária
O advogado de defesa da atriz pornô classificou a decisão do PT como “arbitrária e covarde”. Ele prometeu acionar a Justiça contra a expulsão que avalia ser ilegal.
“Simplesmente foi tomada uma decisão arbitrária e covarde, que restringiu direitos dela enquanto cidadã, suspendendo uma filiação sem justa causa ou cometimento de infração prevista no Estatuto do partido ou na legislação eleitoral. As providências técnico-jurídicas diante das instâncias partidárias e do Poder Judiciário serão adotadas e temos certeza de que o caso será revertido”, disse o advogado Paulo Lemos ao site Mídia News, do Mato Grosso.
A defesa alega que Ester Tigresa não foi ouvida e acabou sendo expulsa sem exercer o direito ao contraditório.