Tony Trindade

Vão ter que se virar

Eleições de 2022 no Piauí trará muitos desafios para os partidos.

12 de fevereiro de 2021 às 09:57
2 min de leitura

O fim das coligações proporcionais foi testado nas eleições municipais de 2020 e alguns partidos se deram mal. Legendas que não conseguiram montar uma chapa competitiva, ainda que tivessem alguns poucos bons nomes, acabaram sucumbindo e não elegeram ninguém.

Outras tinham dois grandes nomes, mas viram apenas um ser eleito. O cenário não deve ser diferente nas eleições de 2022, quando a regra vai valer nas campanhas de deputado estadual e deputado federal.

Os partidos que historicamente tiveram um “dono” e que sempre elegeram esse dono agora terão que ter chapa, sob pena de ver seus caciques derrotados. No Piauí existem casos desse tipo, em que partidos políticos possuem apenas um único deputado. Sem as coligações, que permitiam um candidato ser eleito com votos atribuídos a outros partidos coligados, agora cada agremiação vai ter que se virar. Ou monta uma chapa própria ou pode ver seu “dono”, ainda que muito bem votado, sair das urnas derrotado.

Deputados que têm fama de montar chapas fazendo outros partidos de escada para se eleger agora terão que mostrar se são bons mesmo ou se apenas eram “espertos” para se aproveitar de siglas menores. Além disso, muita gente vai ficar ligada no exemplo das eleições de 2020, quando nomes fortes para vereador acabaram perdendo porque foram para o partido errado.

Ao que tudo indica, em 2022 veremos muita gente com fama de “montador de chapa” caindo do cavalo, afinal, ninguém vai ser tão besta para ser escada para os outros. Os partidos que vivem apenas para eleger o dono com certeza vão penar bastante. E isso não é ruim.

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