Querer voto impresso é optar pelo anacronismo, diz Flávio Nogueira ao votar contra PEC
Deputado piauiense é um crítico da proposta rejeitada na Câmara.
O deputado federal Flávio Nogueira foi um dos parlamentares piauienses que votou contra a proposta do voto impresso, que foi rejeitada na noite desta terça-feira no Plenário da Câmara Federal. Para Nogueira, a votação impressa seria um retrocesso para o sistema eleitoral do país.
“Querer o voto impresso é optar pelo anacronismo. Podemos até aprimorar, ainda mais o modo de votação. Nunca retroceder", argumentou o deputado.
A obrigatoriedade da impressão de cédulas físicas nas eleições, plebiscitos e referendos constava na PEC 135 de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF). A proposta teve apoio de 229 deputados, mas precisava de, pelo menos, 308 votos para ser aprovada. Ao todo, foram 448 votos computados, uma abstenção e 218 contrários a proposta, entre eles, o de Flávio Nogueira.
A PEC do voto impresso já havia sido rejeitada na comissão especial da Câmara no último dia 05 de agosto, por 23 votos a 11. Ainda assim, foi levada para votação em plenário. Agora, com a rejeição em plenário, a proposta será arquivada.
Com isso, o formato atual de votação e apuração, utilizando apenas as urnas eletrônicas, deverá ser mantido nas eleições do próximo ano.
Além de Flávio Nogueira, outros seis deputados da bancada federal do Piauí também votaram contra o voto impresso. Somente os deputados Júlio César (PSD), Iracema Portella (Progressistas) e Marina Santos (Solidariedade) votaram a favor da proposta.