Os radicais precisam dar uma trégua
Após aprovação da vacina contra covid-19 pela Anvisa, movimentos tentam desencorajar população.
Enquanto o Brasil inteiro fala esta semana sobre vacinação contra a Covid-19, ainda há quem ocupe parte do tempo para disseminar mentiras, ódio e estimular pessoas a não tomarem a vacina.
Parece até loucura de quem está escrevendo isso, mas a loucura verdadeira é que essa realidade existe. Há movimentos contrários a vacina ou, no mínimo, movimentos que tentam tumultuar a vacinação no Brasil.
A base para o surgimento desse movimento é o fanatismo político, o radicalismo e a falta de discernimento. Alguns falam mal da vacina só porque ela foi defendida desde o começo por um determinado governador que é ferrenho opositor do atual presidente da República.
No atual momento de cegueira política de uma parcela da população, a percepção é de que nada que beneficie um adversário pode prosperar, ainda que esse algo seja a salvação de vidas em uma pandemia.
Movidos sempre pela paixão política e pela cegueira, acham que tudo que vem do adversário é maligno. E o pior: acreditam e disseminam tudo que o político de estimação fala, ainda que seja algo reconhecidamente distorcido ou mentiroso. Esse cenário de antagonismo odioso é péssimo para o Brasil e, no fim das contas, péssimo para todo mundo, ainda que uns não queiram enxergar ou não tenham a lucidez para perceber.
Disputa política sempre existiu e é salutar. Do mesmo modo, sempre será importante ter situacionistas e oposicionistas, partido A contra B. O que não podemos é descambar para uma divisão beligerante capaz de fazer as pessoas perderem a razão e ver como maligno até mesmo uma vacina sonhada e desejada pelo mundo inteiro ao longo dos últimos meses.
Aos radicais que pensam e agem assim, reflitam, por favor. Deem uma trégua.