Política

Ex-secretário do AM diz que informou Pazuello sobre crise do oxigênio no dia 7 de janeiro

A informação contradiz falas do general à CPI

15 de junho de 2021 às 16:30
2 min de leitura

O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse na manhã desta terça-feira (15), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, que informou por e-mail ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a crise do oxigênio no estado no dia 7 de janeiro, às 23h45.

No dia 7, após uma reunião com a fornecedora White Martins, o ex-secretário disse que pediu para que a empresa enviasse um ofício informando sobre a situação. No documento, a empresa diz que “considerando a essencialidade do produto em destaque, servimos da presente para recomendar que a secretaria retifique e faça a aquisição de volumes adicionais ao contrato diretamente de um outro fornecedor que seja capaz de aumentar a disponibilidade do produto nas áreas críticas".

Campêlo afirmou que, de fato, conversou por telefone com Pazuello sobre problemas logísticos em relação aos insumos. O ex-ministro falou sobre a ligação, mas não comentou o referido documento da fornecedora que lhe foi enviado.

O ex-secretário afirmou que o representante pediu para que não ativassem mais leitos de UTI até o sinal da empresa de que poderia ter segurança para a ampliação do fornecimento de oxigênio. Enquanto havia iminência de falta de oxigênio no estado do Norte, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, lançava o aplicativo TrateCov, que incentiva uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra covid-19, como cloroquina.

Além disso, depois de já saber sobre a crise, o próprio ex-ministro Pazuello participou de uma cerimônia de lançamento do aplicativo. Na ocasião, no dia 11 de janeiro, durante um discurso na capital amazonense, ele afirmou que atenderia 100% da demanda do estado.

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