Política

Deputado explica quatro formas de atrair voto e descarta movimentos de base

Parlamentar do MDB alfineta PT e diz que o partido atrai aliados porque têm os melhores espaços no governo.

13 de maio de 2021 às 13:12
3 min de leitura

O deputado estadual Henrique Pires (MDB) não esconde seu descontentamento com o governo do estado devido à formação das chapas proporcionais para 2022. Nesta quinta-feira (13), ele explicou porque partidos como o PT conseguem atrair mais lideranças do que os outros aliados no Piauí.

Na avaliação de Henrique, não existe essa história de organização partidária ou movimentos de base. Segundo ele, o que atrai votos em política é: cargos, orçamento público, poder financeiro e prestígio.

Henrique Pires (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

"A política é feita por atrativos, perspectivas de poder e espaços na administração. Só existem quatro formas de conquistar votos e fazer política. É com cargo, quando a pessoa é diretor ou secretário; com orçamento, quando você empenha um orçamento para fazer uma obra; com o financeiro, que é o recurso eleitoral ou então quando tem uma obra que está travada e você destrava os recursos; e o quarto é com prestígio, quando você faz uma condecoração, chama para uma viagem ou dá um título de cidadania. Existem partidos no governo que atraem mais porque são governo, porque têm os espaços melhores e têm perspectiva de governo. Não existe outra conta nisso. Aí o pessoal [do PT] vem falar em movimento, em organização, em base. Pra gente não dá. Tem que respeitar um pouquinho a capacidade de inteligência do MDB", alfinetou.

Nas últimas semanas, Henrique Pires tem feito críticas ao PT, partido do governador Wellington Dias. O deputado voltou a afirmar que o senador Marcelo Castro (MDB) deveria ser o candidato natural do grupo governista ao Palácio de Karnak em 2022.

Para completar a série de alfinetadas e botar lenha na fogueira, Henrique disse que a vice-governadora Regina Sousa (PT), que deve assumir o governo no próximo ano, precisa ser ouvida nas discussões sobre o candidato governista. Sem citar nomes, ele deixa claro que não concorda que o pré-candidato Rafael Fonteles (PT) já esteja em campo ignorando o fato de que Regina vai assumir a cadeira por nove meses em 2022.

"Ela tem que ser muito ouvida no processo eleitoral porque ela vai assumir. Não sendo candidata, é a primeira vez na história do Piauí, e eu acho que do Brasil, que uma pessoa assume o governo, tem direito à reeleição, está num partido forte e não será candidata. Ela precisa ser ouvida e muito bem ouvida", encerrou.


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