CPI do Transporte Público: qual resposta o povo vai ter?

Envolvidos seguem sendo ouvidos na Câmara Municipal de Teresina.

28 de maio de 2021 às 07:53

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A CPI do Transporte Público de Teresina está na fase de oitivas com donos de empresas de ônibus. Até agora, já foram ouvidos seis empresários. Nos depoimentos, eles relatam dificuldades para continuar operando se não houver o pagamento da contrapartida financeira da prefeitura, previsto legalmente em contrato, e que não está sendo honrado.

Por outro lado, membros da CPI também apontam que os empresários deixam de cumprir pontos do contrato, como por exemplo os que tratam da conservação da frota, etc. Nessa confusão, todos os lados têm culpa e quem sofre com um transporte público ruim é o povo que depende dos ônibus.

Apesar de empresários e poder público terem culpa, a CPI tem servido para fazer com que algumas pessoas olhem os empresários com menos agressividade. Eles não são santos de jeito nenhum, porém, o que tem ficado evidente é que a demonização deles também é injusta.

Antes da CPI iniciar, o que se viu foi uma certa intenção de criminalizar os empresários, como se eles fossem os únicos culpados por tudo de ruim que existe no transporte coletivo urbano da capital.

Na CPI, está ficando claro que o poder público tem grande culpa, desde gestões passadas até a atual. Nesse problema, não há como os senhores governantes, os do passado e os do presente, quererem se esquivar. A problemática do transporte público de Teresina é uma junção de fatores e não apenas culpa dos empresários do setor.

O transporte público da capital, que já era ruim, está quase parado há cinco meses. A sociedade teresinense, não apenas a parcela que anda de ônibus, espera que essa CPI na Câmara Municipal apresente resultados efetivos e “desnude”, conforme costuma falar o presidente da comissão, vereador Dudu (PT), as causas dos problemas antigos e dos novos, sem deixar ninguém de fora.

Se os problemas existiam no passado e continuam nos dias atuais, até mesmo se agravando, já se sabe que a CPI não poderá apontar o dedo apenas para um grupo. E se apontar, estará claramente desmoralizada.