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Penitenciária Feminina de Teresina recebe 1ª dose da vacina contra a Covid-19

Unidades prisionais são verdadeiros polos de disseminação do vírus devido a superlotação

27 de junho de 2021 às 09:03
3 min de leitura

Cerca de 90 internas da Penitenciária Feminina de Teresina receberam a 1ª dose da vacina contra a Covid-19. Além das reeducandas da capital, internos de todas as unidades penais do interior do estado já foram contemplados com o imunizante. Antes dos custodiados, policiais penais e servidores do sistema prisional já haviam sido vacinados.

A imunização no sistema prisional segue o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. A vacina é realizada pelas equipes das secretarias de saúde de cada município. Unidades penais de Parnaíba, Esperantina, Campo Maior, Altos, Oeiras, Picos, Floriano, São Raimundo Nonato e Bom Jesus já foram contempladas com a vacina. Em Teresina, a primeira unidade a receber o imunizante foi a Penitenciária Feminina de Teresina, nesta sexta-feira (25).

Segundo a Diretora de Humanização e Reintegração Social da Sejus, Jurema Chaves, a imunização no sistema prisional segue dentro do planejado.

“Algumas unidades prisionais já vacinaram 100% de sua população carcerária, como Bom Jesus, Floriano, Oeiras, Picos, São Raimundo Nonato e Esperantina. As demais já vacinaram uma parte de sua população, pois depende do quantitativo de vacinas disponíveis em cada município para esse público. Acreditamos que na próxima semana já teremos finalizado essa vacinação em todas unidades prisionais”, conclui a diretora de humanização da Sejus.

Vacinação contra covid de internas da Penitenciária
Ramiro Pena/Sejus

Superlotação e Transmissão

De acordo com pesquisa do Raio X, o Piauí possui, com base nos dados de 2020 fornecidos pelos órgãos oficiais do estado, um total de 151 presos para cada 100 mil habitantes. Em 2019, essa taxa era de 145 encarcerados, ou seja, houve um aumento de 4,13%. Nos dois anos, apenas a Bahia registrou menor taxa.

Superlotação carcerária do Piauí / Foto: Reprodução Monitor da violência (G1)

As unidades prisionais brasileiras são verdadeiros polos de disseminação potencial do vírus Sars-CoV-2. Espaços de aglomeração drástica, ventilação nula, insalubridade completa e atendimento médico precário – quando existente –, expõe centenas de milhares de pessoas às ameaças implicadas pela contaminação descontrolada.

O trânsito permanente de entrada e saída de funcionários/as que atuam no vasto sistema penitenciário brasileiro, colaboram também para a disseminação do vírus. Atualmente, são cerca de 85 mil policiais penais trabalhando nas 2.867 unidades que constituem o parque carcerário do país, atuando como potenciais vetores de propagação da doença, por dentro e para fora dos muros.

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