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Pandemia “certamente não acabou”, diz diretor-geral da OMS

"Abaixamos a guarda por nossa conta e risco", afirmou Tedros Adhanom ao criticar a flexibilização de medidas de proteção contra a Covid-19.

22 de maio de 2022 às 18:34
2 min de leitura

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou, neste domingo (22), que apandemia de Covid-19 “certamente não acabou”,durante a sessão de abertura da assembleia anual da agência da entidade.

Tedros Adhanom - Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Agência Brasil

Mais de 100 ministros da Saúde de todo o mundo se reúnem em Genebra, na Suíça, nesta semana para a primeira Assembleia Mundial da Saúde da OMS em três anos.

Falando às autoridades de Saúde, Tedros reconheceu que “os casos relatados [de Covid] diminuíram significativamente desde o pico da onda [da variante] Ômicron, em janeiro deste ano”. “E as mortes relatadas são as mais baixas desde março de 2020”, acrescentou.

“Em muitos países, todas as restrições foram suspensas e a vida se parece muito com antes da pandemia. Então acabou? Não, certamente não acabou. Eu sei que essa não é a mensagem que você quer ouvir, e definitivamente não é a mensagem que eu quero entregar”, alertou o diretor-geral da OMS.

Tedros destacou que a pandemia “não acaba em lugar nenhum até que termine em todos os lugares. Os casos relatados estão aumentando em quase 70 países em todas as regiões –e isso em um mundo em que as taxas de testes despencaram”. Ele ressaltou que os óbitos estão subindo, principalmente, na África, “o continente com a menor cobertura de vacinação”.

“Esse vírus nos surpreendeu a cada passo –uma tempestade que rasgou as comunidades repetidamente, e ainda não podemos prever seu caminho ou sua intensidade”, complementou.

Por fim, o diretor-geral da OMS criticou o relaxamento das medidas de proteção contra o coronavírus adotadas por diversos países do mundo.

“Abaixamos a guarda por nossa conta e risco. O aumento da transmissão significa mais mortes, especialmente entre os não vacinados, e mais risco de surgimento de uma nova variante. Recusar testes e sequenciamento significa que estamos nos cegando para a evolução do vírus”, salientou.

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