Com a elevação dos casos de Covid-19 em Teresina e com a rede hospitalar do Piauí operando no limite, o vice-prefeito da capital Robert Rios (PSB) avisou ontem (21) que será necessária a adoção de medidas drásticas para conter o avanço da doença. Robert citou que mais sacrifícios devem ser impostos a algumas categorias, mencionando bares, restaurantes e o comércio.

Ninguém que tenha sensatez contesta a necessidade da adoção de medidas duras contra a Covid-19, mas chama atenção que o foco principal de alguns agentes públicos seja sempre a categoria dos bares, restaurantes e do comércio.

Toda vez que a Covid aperta, a primeira solução vem sempre com sacrifícios impostos a esse setor. É como se tivesse virado uma espécie de obsessão. Enquanto isso, eventos políticos reúnem dezenas e dezenas de pessoas, com ampla presença de autoridades, puxa-sacos, papagaios de piratas e tumulto de jornalistas.

Na hora de inaugurar obras, fazer visitas inócuas e quererem aparecer na imprensa com tais eventos, os senhores políticos não têm medo da Covid. Na própria prefeitura, quando tem qualquer tipo de evento e/ou reunião, aparece gente de todo canto, assessores, vereadores, suplentes, muitos colegas da imprensa, etc.

Ninguém por lá contesta essa aglomeração. Mas quando a Covid-19 aperta, o primeiro tiro é no comércio, bares e restaurantes. Como se diz no interior, "pegaram essas categorias para Cristo".

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que existem várias medidas a serem tomadas, em outros segmentos, entre elas a proibição de inaugurações públicas com mais de 50 pessoas. Aqui, vemos inaugurações onde 50 é apenas o número de puxa-sacos presentes.

Está na hora de ampliar o raciocínio, sair da mesmice e ser inteligente para entender que as restrições também podem ocorrer em outros setores e de outras formas, com outras soluções. Basta ser sensato para compreender isso.

Receba Notícias do Lupa1 pelo Whatsapp

• Clique aqui e receba notícias
• Sugestões de pautas

Siga nas redes sociais