A pandemia e a propaganda
Não é nada bonito vermos que ações de enfrentamento a uma tragédia sejam usadas para promoção política ou para afirmação de planos eleitorais.
A população certamente saberá reconhecer a atuação dos gestores públicos que foram responsáveis, comprometidos e dedicados no enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Em tempos de negacionismo e incompetência de uma parcela dos governantes na condução dessa crise, os que se mostram eficientes com certeza serão lembrados e terão reconhecimento das pessoas.
Dito isto, vamos ao passo seguinte. A pandemia da Covid-19, uma tragédia sanitária que já matou 280 mil brasileiros, não deveria ser usada para propaganda e nem mesmo como trampolim eleitoral. Enquanto faltam leitos de UTI e o nosso sistema de saúde ainda carece de coisas básicas, não é razoável que haja esforços além do necessário em propaganda de ações na pandemia.
Esse é um momento em que tudo aquilo que não é prioridade deve ser deixado de lado ou pelo menos suavizado. Não é nada bonito vermos que ações de enfrentamento a uma tragédia sejam usadas para promoção política ou para afirmação de planos eleitorais.
Destaque-se mais uma vez: a população deverá saber diferenciar quem agiu com liderança e como estadista daqueles que foram omissos e tacanhos na condução dessa crise.
Nesse tempo de pandemia, informação é uma arma super importante, mas deve-se diferenciar o que é propaganda e o que é informação sobre a pandemia.
Diante de uma tragédia, os grandes homens públicos devem trabalhar para amenizar o sofrimento das pessoas e garantir condições para que seus efeitos sejam reduzidos. E aqueles que têm grandeza não precisam fazer propaganda exacerbada disso.