PSD cobra reconhecimento
Sigla quer a coroação da parceria com o governador Wellington Dias (PT).
Não é de hoje que o PSD, partido presidido no Piauí pelo deputado federal Júlio César, cobra o que seus dirigentes consideram ser um justo reconhecimento pela aliança mantida ao longo dos últimos anos com o governador Wellington Dias (PT).
É verdade que o PSD vem sendo reconhecido com obras e ações do governo estadual, mas quer a coroação dessa parceria com presença na chapa majoritária em 2022.
Envergadura para isso, convenhamos, o PSD tem. Possui Júlio César, deputado federal de votação expressiva e respeitado no Congresso Nacional. Tem Georgiano Neto, deputado estadual articulado que obteve em 2018 a maior votação da história do Piauí para o cargo.
Além disso, elegeu 40 prefeitos e 27 vice-prefeitos nas eleições municipais de 2020. Está, inegavelmente, entre os três maiores partidos políticos da base do governador. Apesar disso, a sigla encontra dificuldades para emplacar um nome na composição majoritária governista.
O MDB, favorito para indicar uma das vagas, tem sempre sido agraciado pelo governador em suas chapas. Foi assim em 2010, com o MDB na vice de Wilson Martins (PSB) – Wellington disputou o Senado na chapa – e em 2018, com Marcelo Castro em uma das vagas de senador. Em 2014 o MDB teve candidato próprio ao governo.
Em 2022, o que Júlio César cobra é o reconhecimento de uma longa parceria com Wellington. O que conta a favor do PSD dessa vez é algo que não existia nas últimas eleições para governador: oposição com estrutura.
Em outros pleitos, partidos como o PSD tinham que “engolir o choro” e aceitar ficar fora da composição majoritária, já vez que não tinham pra onde ir. Dessa vez, o cenário que se desenha aponta para outra realidade.
Embora a preferência do PSD seja ficar na base do governador, dirigentes do partido admitem que podem buscar o reconhecimento que tanto afirmam merecer em outros horizontes. 2022 nem chegou ainda, mas já mostra que não será como 2018.