Gustavo Almeida

Prisão na agitada CPI da Pandemia

Senador Omar Aziz deu voz de prisão ao ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias.

08 de julho de 2021 às 07:30
2 min de leitura

A CPI da Pandemia, no Senado Federal, atingiu nesta quarta-feira (7) o seu momento mais impactante. Pelo menos até aqui. Durante o depoimento de Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), deu voz de prisão ao depoente.

Dias é suspeito de pedir propina a atravessadores na compra de vacinas contra a covid-19 e viu sua situação ficar muito complicada com a divulgação de áudios que o comprometem.

As gravações contrariaram o que ele vinha dizendo na CPI e por isso teve a prisão decretada. Ao justificar a medida, o senador Omar Aziz disse que o depoente mentiu reiteradamente e cometeu perjúrio, ou seja, violou o juramento de falar de verdade na comissão.

A prisão de Roberto Dias faz aumentar o clima de tensão política no Brasil, sacodido nas últimas semanas com os trabalhos da CPI da Pandemia.

A expectativa é que a situação fique ainda mais tensa após esse episódio e também pelo avanço das discussões eleitorais neste ano em que a pré-campanha para 2022 já está a todo vapor.

Governistas e oposicionistas tendem a se engalfinhar ainda mais, o que não contribui em nada para a pacificação de um país dividido pela polarização política. Essa realidade, porém, não pode fazer com que a CPI recue na sua missão de investigar.

O clima é tenso, mas nem por isso deve haver omissão. Se o ônus da investigação for o aumento da tensão, teremos que suportá-lo.

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