Lula diz que tem extraordinário respeito por Alckmin e admite chance de aliança
Ex-presidente afirma que não tem nada com Alckmin que não possa ser reconciliado.
O ex-presidente Lula (PT) se manifestou nesta segunda-feira (15) sobre notícias que dão conta de tratativas entre ele e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) visando formação de chapa para 2022. Lula admitiu que tem profundo respeito por Alckmin, mas disse que ainda não iniciou conversas com ninguém sobre a vaga de vice. Por outro lado, o petista deixou claro que está disposto a conversar, inclusive com Alckmin.
“Tenho extraordinária relação de respeito com o Alckmin. Fui presidente enquanto ele era governador. Não há nada que aconteceu entre nós que não possa ser reconciliado. Política é como futebol. Você dá uma canelada no cara, ele cai chorando de dor, mas depois que termina o jogo, eles se encontram, se abraçam, vão tomar uma cerveja e discutir o próximo jogo. Política é assim. Nas divergências todo mundo joga bruto porque quer ganhar. Eu disputei as eleições de 2006 com o Alckmin, mas tenho profundo respeito por ele. Mas eu não tô discutindo vice ainda porque não discuti a minha candidatura. Quando eu decidir, aí sim eu vou sair a campo pra procurar alguém pra ser vice”, escreveu.
Para a aliança se viabilizar, Geraldo teria que estar fora o PSDB, uma possibilidade que está muito próxima de se tornar realidade. Sem espaço no partido, o ex-governador conversa com outras siglas de olho em 2022. PSD e PSB disputam a filiação do tucano.
Lula e Geraldo Alckmin disputaram as eleições de 2006, quando o petista foi reeleito para o segundo mandato. No primeiro turno, Lula teve 48,61% dos votos válidos, contra 41,64% de Alckmin. A eleição só foi decidida no segundo turno, quando Lula alcançou 60,83% contra 39,17% de Alckmin. Na época, em fato raro na política, o candidato tucano diminuiu em 2,4 milhões a sua votação no segundo turno em relação ao primeiro turno.