Gustavo Almeida

Ciro Gomes suspende pré-candidatura a presidente da República

Político cearense se revolta com posição da bancada do PDT em votação na Câmara dos Deputados.

04 de novembro de 2021 às 09:55
2 min de leitura

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) anunciou nesta quinta-feira (4) a suspensão de sua pré-candidatura a presidente da República. O motivo é a chateação com a posição de grande parte da bancada do PDT na votação da chamada "PEC dos Precatórios", que ocorreu na madrugada desta quinta na Câmara dos Deputados.

Ciro Gomes, do PDT (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Contrariando o desejo de Ciro, a maioria dos deputados federais pedetistas votou a favor da PEC, conforme queria o governo do presidente Jair Bolsonaro. Por conta disso, Ciro se disse surpreso e anunciou que sua pré-candidatura ficará suspensa até que os deputados do partido repensem sua posição, já que a matéria ainda passará por uma segunda votação na Câmara.

"Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo. Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas", escreveu Ciro Gomes.

A aprovação da PEC dos Precatórios é a principal aposta do governo Bolsonaro para viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Família. O objetivo da PEC é postergar o pagamento de precatórios da União e abrir espaço no orçamento para pagar o valor de R$ 400 do Auxílio Brasil a mais de 20 milhões de pessoas no Brasil.

Ciro Gomes e a bancada da oposição são contra a aprovação da PEC. Eles avaliam que não se pode fazer justiça social furando teto de gastos e postergando pagamento de dívidas. Ciro também vê prática eleitoreira e "clientelismo grosseiro" de Bolsonaro no Auxílio Brasil.


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