Semarh realiza acolhimento de araras-vermelhas em Barras com apoio de cidadão

Morador recolheu as aves de forma voluntária e acionou a Semarh para a realização do devido manejo.

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), por meio da Diretoria de Conservação da Biodiversidade, realizou o acolhimento de duas araras-vermelhas (Ara chloropterus) no município de Barras-PI. 

Semarh realiza acolhimento de araras-vermelhas em Barras com apoio de cidadão - Foto: Divulgação

As aves chegaram à Semarh após o chamado de um cidadão que as encontrou à deriva em um terreno próximo à sua residência.

O morador recolheu as aves de forma voluntária e acionou a Semarh para a realização do devido manejo. A gerencia de fauna e equipe do Cetas de fauna realizaram a ação. 

A Gerente de Fauna Danielle destacou o papel fundamental da população na proteção da fauna silvestre e ressaltou a importância de atitudes responsáveis, como a do morador que acolheu os animais.

Semarh realiza acolhimento de araras-vermelhas em Barras com apoio de cidadão - Foto: Divulgação“Atitudes como a do senhor que noticiou o recolhimento a Semarh demonstram que a consciência ambiental está crescendo. Quando a sociedade compreende que esses animais pertencem à natureza e não ao cativeiro, efetivamos um passo importante na conservação das espécies”, afirmou Danielle.

As araras-vermelhas são aves nativas das florestas brasileiras e pertencem à família dos psitacídeos. Embora estejam listadas como "Pouco Preocupante" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a espécie é considerada ameaçada em algumas regiões do país, principalmente devido à destruição de habitats e ao tráfico de animais silvestres.

Semarh realiza acolhimento de araras-vermelhas em Barras com apoio de cidadão - Foto: Divulgação

As aves foram levadas com segurança para Teresina, onde agora estão sob os cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). No local, elas passaram por avaliações clínicas e comportamentais, e após serão submetidas a processo de reabilitação. Após esse período de aptidão, poderão ser reintroduzidas à natureza.

A Semarh reforça que manter animais silvestres em cativeiro sem autorização é crime ambiental, e que a participação da população é essencial para combater o tráfico e preservar a biodiversidade. Casos semelhantes, devem ser comunicados aos órgãos ambientais competentes.

“Quando cidadãos reconhecem que esses animais não devem ser domesticados, mas sim protegidos, ajudamos a romper o ciclo do tráfico e fortalecer a convivência harmônica com a fauna”, complementou Danielle Melo.