A seca no Piauí se intensifica em 2025 e já atinge níveis preocupantes. De acordo com dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), 127 municípios enfrentam o fenômeno conhecido como “seca verde” — caracterizado pela falta de chuvas consistentes mesmo durante o período tradicionalmente chuvoso. A ausência de precipitações tem afetado diretamente o solo, a agricultura e o abastecimento de água.
Cidades em todas as regiões do estado estão registrando temperaturas superiores a 40 °C, com a combinação de altas temperaturas e baixa umidade do ar agravando a situação. Além dos danos ambientais e econômicos, a situação representa um risco à saúde da população, especialmente de idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.
A combinação de altas temperaturas, baixa umidade do ar e escassez de chuvas tem acelerado os impactos da estiagem. Muitos agricultores já relatam perdas nas lavouras e dificuldades no manejo de animais. Em áreas mais afetadas, há preocupação com o risco de desabastecimento de água potável.
Diante do cenário, a Semarh recomendou ao governo estadual a adoção de medidas emergenciais para mitigar os efeitos da seca. Entre as ações estão a assistência direta às famílias mais afetadas, a perfuração de poços e a ampliação da distribuição de água por meio de carros-pipa.
A previsão para os próximos meses é pouco animadora. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que as chuvas continuarão irregulares e mal distribuídas, concentrando-se no Norte e Centro-Norte do estado, enquanto o restante do território seguirá com temperaturas acima da média histórica.
A crise climática no Piauí exige resposta rápida das autoridades e atenção da população para medidas de prevenção e adaptação ao cenário de estiagem prolongada e calor extremo.