Nesta sexta-feira, dia 12 de maio, é comemorado em todo o mundo o Dia da Enfermagem e do Enfermeiro, uma data que ressalta a relevância dessa profissão, a qual batalha diariamente por direitos e é fundamental para a sociedade.
Os enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras são responsáveis por prestar cuidados de saúde, realizar procedimentos e administração de medicamentos, além de oferecer suporte emocional aos pacientes e suas famílias.
No entanto, apesar da importância dessa profissão, os profissionais de enfermagem enfrentam diversos desafios, incluindo as condições de trabalho, formação e remuneração adequadas.
Ao Lupa1, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), Dr. Antonio Neto, enfatizou que a celebração desta data também serve para destacar a luta diária por direitos dos profissionais de enfermagem. É fundamental que esses profissionais tenham acesso a um ambiente de trabalho seguro, equipamentos e materiais adequados, além de remuneração justa e formação continuada.
História
O Dia da Enfermagem é uma homenagem a Florence Nightingale, que marcou a enfermagem moderna e nasceu em 12 de maio de 1820. A profissão tem origem milenar e é uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes.
O processo de enfermagem é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando à assistência ao ser humano e deve ser realizado em todos os ambientes em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem.
No Brasil, além do Dia do Enfermeiro, é comemorada a Semana da Enfermagem (De 12 ao dia 20) em homenagem a Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
Desafios da pandemia
A pandemia de COVID-19 trouxe uma série de desafios para a sociedade como um todo, mas especialmente para os profissionais de saúde, incluindo a categoria de enfermagem. Os enfermeiros estiveram na linha de frente do combate à pandemia, trabalhando em condições muitas vezes precárias e arriscando suas próprias vidas para cuidar de pacientes com COVID-19.
A natureza altamente contagiosa do vírus significava que os enfermeiros precisavam trabalhar em ambiente de alto risco, muitas vezes sem o equipamento de proteção individual adequado. O trabalho diário era extremamente cansativo, e muitos enfermeiros foram obrigados a trabalhar horas extras e a enfrentar turnos prolongados.
Essa situação de trabalho intensa e estressante teve um impacto significativo na saúde mental e emocional dos enfermeiros. Além disso, a categoria de enfermagem também enfrentou outros obstáculos durante a pandemia: a falta de recursos financeiros.
Piso salarial aprovado
Recentemente, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que garante a abertura de crédito especial no orçamento federal deste ano para o pagamento do piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira.
A Lei 14.434/2022 define que o piso salarial dos enfermeiros será de R$ 4.750. Os técnicos de enfermagem deverão receber 70% desse valor (R$ 3.325); e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).
Os recursos virão de superávit financeiro apurado em 2022 pelo Fundo Social, e serão usados para o Ministério da Saúde auxiliar estados, municípios e o Distrito Federal no pagamento dos pisos a partir de maio.
O governo afirmou que a medida não tem impacto na meta de resultado primário fixada para 2023, e que a despesa já foi retirada do teto de gastos criado pela Emenda Constitucional 95.
Neste Dia da Enfermagem e do Enfermeiro, é importante agradecer e reconhecer o papel fundamental que os enfermeiros desempenham na promoção da saúde e no cuidado de pacientes em todo o mundo. E também lembrar que esses profissionais precisam de apoio e reconhecimento para continuar realizando seu trabalho de forma eficiente e segura.
Agência Brasil/Reprodução