Conselho de Medicina se pronuncia sobre esquema de falsificação de diplomas

Pronunciamento aconteceu horas depois da PF prender uma quadrilha especializada na prática criminosa.

Na tarde desta quarta-feira (10) o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) divulgou uma nota afirmando que cumpriu sua missão institucional ao denunciar ao Ministério Público Federal sobre diplomas de graduação de medicina falsificados. O pronunciamento aconteceu horas depois da Polícia Federal prender uma quadrilha especializada na prática criminosa durante a Operação Revalida. 

O CRM-PI explicou que em fevereiro deste ano, após constatar tentativa de inscrição de nove supostos médicos que apresentaram documentação falsa, informou imediatamente o Ministério Público e a PF, para que os procedimentos cabíveis fossem tomados.

“Por fim, o CRM-PI espera que as autoridades competentes a conclusão das investigações e, por conseguinte, a responsabilização dos culpados”, diz trecho da nota. 

Ainda nesta quarta, a Polícia Federal esclareceu que nenhum integrante do CRM tem participação na falsificação dos diplomas.

Entenda o caso 

A Polícia Federal deflagrou a Operação Revalida, na manhã desta quarta-feira (10), com o fim de prender os membros e desestruturar organização criminosa, instalada no município de Teresina, especializada em cometer falsificações no âmbito do Conselho Regional de Medicina, através da inserção de documentos falsos e diplomas fictícios para inscrição de profissionais não habilitados para exercer a profissão.

 

Operação da PFDivulgação / Ascom

Esse grupo criminoso é, supostamente, responsável por uma série de emissões fraudulentas de registros de profissionais no CRM-PI. A operação cumpriu sete mandados judiciais expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina, da Seção Judiciária do Piauí, sendo quatro de busca e apreensão e três de prisão temporária, cumpridos nos municípios de Teresina e São Luís, no Maranhão.

Até o momento, as investigações identificaram nove registros expedidos pela organização criminosa. Número subdimensionado tendo em vista a movimentação financeira milionária entre os alvos, que cobravam entre R$300 mil e R$500 mil.

Os investigados poderão responder pelos crimes de compor organização criminosa, falsificação de documento público, uso de documento falso e lavagem de bens e valores.